Temática: Percursos de aprendizagem mediados por ferramentas tecnológicas
Actividade 4: Exploração de percursos de aprendizagem mediados por ferramentas tecnológicas
Como é que o "weblog" pode ser a base de uma estratégia para aprendizagens bem sucedidas?
Introdução:
No seu artigo Handbook of Emerging Technologies for Learning, George Siemens e Peter Tittenberger (2009), reflectem sobre a utilização dos weblogs na educação. (pp. 41-43)
New technologies can be grouped by their affordances - action potential - in six categories:
• Access resources
• Declare or state presence (as currently online or in declaring physical proximity through GPS)
• Expression through tools such as Second Life or profile features of most social networking site
• Creation of new content and resources through blogs and wikis
• Interaction with others through asynchronous and synchronous tools like discussion forums, Twitter, Skype, Elgg
• Aggregation of resources and relationships through Facebook, iGoogle, or NetVibes.
Each tool possesses multiple affordances. Blogs, for example, can be used for personal reflection and interaction.
Blogs affordances: Presence, Creation and Interaction.
A blog is a basic web page with posts presented in reverse chronological order.
Posts can be retrieved via an RSS reader (such as Google Reader), negating the need to visit the blog.
Blogs generally allow readers to provide comments.
Blogging enables unique opportunities for educators to improve communication with (and between) learners, increase depth of learning through reflection, and enable the formation of diverse viewpoints and perspectives. Perhaps most importantly, they enable educators to connect with each other.
Blogs are simple tools for learners and educators to use in teaching and learning.
Educators can use a blogs to update learners on course activities, post reflections on in-class or online conversations, and to share journal articles and related course resources.
Learners can use blogs to reflect, connect with others, use as an e-portfolio or journal, and comment on important posts made by other learners.
Objectivos previstos com esta abordagem:
Esta abordagem tem como objectivo descrever a utilização dos weblogs como base de uma estratégia para aprendizagens bem sucedidas.
Modo como se iria delinear a abordagem:
Os blogs permitem a comunicação síncrona ou assíncrona entre professores e alunos, possibilitando, assim, a colocação de conteúdos sobre os aspectos que se pretendem abordar, a actualização subsequente da informação, a interacção professor-alunos ou alunos-alunos, a participação activa de todos os intervenientes, o estímulo à reflexão dos participantes nas temáticas a desenvolver, a orientação da pesquisa, a promoção da entreajuda e a apresentação de comunicações ou de conclusões.
Tirando partido das três affordances dos blogs (presença, criação e interacção), seria possível utilizar um blog para:
• Apresentação dos professores e dos alunos
• Informação sobre os participantes (em forma de texto e imagens)
• Exposição dos objectivos a atingir no curso
• Indicação dos recursos bibliográficos e outros a utilizar
• Comunicação da calendarização das diversas etapas
• Referência à forma como será feita a avaliação (caso esta exista)
• Colocação de conteúdos referentes aos aspectos a desenvolver
• Desenvolvimento e actualização posterior desses conteúdos
• Partilha de textos ou objectos multimédia por parte de todos os intervenientes
• Referências a vários tipos de objectos alojados nos diversos serviços da Web 2.0
• Comentários de professores e alunos
• Colocação de perguntas e dúvidas
• Respostas a essas mesmas dúvidas
• Debates
• Inquéritos (que poderiam servir para pesquisa de opiniões ou para validação da aprendizagem)
• Proposta de tarefas ou actividades a desempenhar
• Comunicação aos alunos das classificações obtidas
• Conversas informais
Fundamentação da abordagem com base numa teoria de aprendizagem:
Penso que a utilização dos blogs, como base de uma estratégia para aprendizagens, se enquadra na Teoria do Conectivismo (Siemens, 2004):
Connectivism is the integration of principles explored by chaos, network, and complexity and self-organization theories. Learning is a process that occurs within nebulous environments of shifting core elements - not entirely under the control of the individual. Learning (defined as actionable knowledge) can reside outside of ourselves (within an organization or a database), is focused on connecting specialized information sets, and the connections that enable us to learn more are more important than our current state of knowing.
Principles of connectivism:
• Learning and knowledge rests in diversity of opinions.
• Learning is a process of connecting specialized nodes or information sources.
• Learning may reside in non-human appliances.
• Capacity to know more is more critical than what is currently known
• Nurturing and maintaining connections is needed to facilitate continual learning.
• Ability to see connections between fields, ideas, and concepts is a core skill.
• Currency (accurate, up-to-date knowledge) is the intent of all connectivist learning activities.
• Decision-making is itself a learning process. Choosing what to learn and the meaning of incoming information is seen through the lens of a shifting reality. While there is a right answer now, it may be wrong tomorrow due to alterations in the information climate affecting the decision.
Ao utilizarmos um blog, a aprendizagem e o conhecimento residem inequivocamente na multiplicidade de opi-niões, característica intrínseca da blogosfera, possibilitando a troca de ideias, conceitos, reflexões e sensibilidades.
Esta utilização irá nutrir e aprofundar relações e conexões, necessárias para a facilitação da aprendizagem.
Apesar da diversidade de opiniões, é primordial o rigor da informação publicada, elemento fundamental de todas as actividades de aprendizagem conectivistas.
Partindo do blog, torna-se necessária a pesquisa na imensidão da Web, de onde ressalta que o “saber como” e o “saber o quê” foram substituídos pelo “saber onde”, princípio tão caro a Siemens e indispensável actualmente.
O processo de aprendizagem recorre ao acesso a nós especializados e a fontes de informação como, por exemplo, os artigos de George Siemens que utilizo para a elaboração deste trabalho.
Em face do exposto, penso poder concluir que a utilização dos blogs, como base de uma estratégia para aprendizagens, cumpre os princípios enunciados na Teoria do Conectivismo, constituindo-se como uma ferramenta muito válida num processo de aprendizagem.
Explicação do percurso delineado:
Como exemplo de um percurso que poderíamos delinear no uso de um blog como estratégia para aprendizagem, proponho o seguinte conjunto de posts, passíveis de ser comentados:
• Apresentação do professor
• Mensagem de boas vindas
• Apresentação do curso, nomeadamente os seus objectivos, competências a desenvolver, conteúdos a abordar, recursos de aprendizagem a consultar, actividades e tarefas que serão propostos, cronograma e descrição do processo de avaliação (caso se aplique).
• Convite à apresentação dos alunos
• Actividade ou conversa informal, destinada a servir de quebra-gelo
• Incentivo à interacção professor-alunos e alunos-alunos
• Preparação e orientação para as actividades a desenvolver
• Colocação dos primeiros conteúdos específicos das temáticas em causa
• Fornecimento de recursos a estudar (caso necessário)
• Atribuição de trabalhos, tarefas ou actividades (individuais ou em grupo)
• Solicitação aos alunos de intervenções, mediante estratégias adequadas, tendo em vista a sua colaboração e participação
• Actualização ou aditamento de conteúdos e informação sempre que necessário
• Validação da aprendizagem, através da análise das participações ou de inquéritos, debates ou outros
• Comunicação da apreciação e feedback aos alunos, em função do seu desempenho
• Repetição em ciclo (tentando variar e diversificar, para que não se torne aborrecido) alguns dos passos referidos até esgotar as temáticas propostas e atingir os objectivos definidos
• Avaliação (caso necessário)
• Comunicação dos resultados da avaliação
• Reflexão sobre a forma como o curso decorreu, incluindo as reflexões finais
• Mensagem de agradecimento pela participação
• Encerramento
Não sendo um blog, por definição, um fórum nem um chat, algumas destas iniciativas poderão revelar-se um pouco menos cómodas de implementar. No entanto, propus uma estratégia que creio ser exequível levar à prática, utilizando as potencialidades de que um blog dispõe, passível de obter resultados satisfatórios numa aprendiza-gem bem sucedida.
Referências:
George Siemens and Peter Tittenberger, Handbook of Emerging Technologies for Learning, March, 2009.
George Siemens, Connectivism: A Learning Theory for the Digital Age, December 12, 2004, update April 5, 2005.
terça-feira, 18 de maio de 2010
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